sábado, 19 de dezembro de 2015

Acreditando no invisível


Acreditando no invisível

PDF 545


 


Com a recente tragédia acontecida no Rio Doce, a partir de Minas Gerais, inúmeros elementos da tabela periódica, percorreram o rio, percorreram uma parte de MG, atravessaram o ES, e chegaram ao mar. Elementos microscópios, com diversos números atômicos invisíveis, aos olhos nus. Prótons, elétrons e nêutrons, visíveis apenas por poderosos microscópios eletrônicos. Muitas células foram mortas, com a lama contaminada. Células do tecido cutâneo de alguns animais encontrados, foram exterminadas. Os invisíveis deixaram suas marcas. A lama deixou marcas na pele e no couro de alguns animais encontrados depois da tragédia anunciada.

Apenas a força e a cor da lama foram visíveis e percebíveis aos olhos nus. Mas a tragédia da alteração do meio ambiente fará seu anuncio no mar depois de deixar marcas por onde passar. A parte visível foi a lama escura, e a parte invisível foram os elementos atômicos, associados a química orgânica e inorgânica atuando em uma microbiologia. Elementos não vistos que contaminam os elementos principais, chamados de elementais: a terra, a água e o ar. Crê-se apenas no que é físico e visível; sensível e palpável. Lembranças de São Tomé.

E chega uma pergunta, como formou-se a montanha, a represa de rejeitos? Ela foi formada pela extração mineral, com o revolvimento da terra em busca de minerais que as mineradoras estavam à procura, e precisavam ser separados, do barro e da lama, com o uso das aguas dos rios, a partir de princípios físicos estudados. Princípios que dizem quais produtos não se misturam em uma mistura tendendo a ser homogênea. E quais produtos se separam por decantação, em misturas heterogêneas. E depois de separados, os minerais procurados no sistema de extração, sobram os rejeitos que precisam ser estocados, para não contaminar os rios, que correm em direção ao mar.

Os rejeitos estocados, um dia não suportaram sua força e sua energia estocada, e romperam uma barragem. Obedeceram a força da gravidade. Encontraram, um rio com uma força promovida pelas águas. E a força invisível, pelo volume de água e uma declividade, romperam a inércia, levaram a lama contaminada de produtos químicos invisíveis, em direção ao mar. Contaminaram o ambiente por onde passaram.

Dos minerais retirados, lá no médio Rio Doce, uma boa parte circula pelas ruas, avenidas e estradas. Outras partes podem estar em apartamentos e casas. Os minerais extraídos foram transportados para serem transformados, em uma matéria prima para uso industrial. Estocaram os resíduos, em que suas partes principais foram transformadas em chapas de aço. Chapas que deram origem a automóveis, fogões, geladeiras e ar condicionados. E aqueles que conduzem seus carros, ou estão beneficiados por freezers e geladeiras, não admitem a sua colaboração nas formações de represas de resíduos minerais extraídos. Não enxergam seus detritos amontoados. Crê-se apenas no que é físico e visível. A represa de rejeitos estava muito distante, e foi conhecida apenas depois do desastre.

Cada um tem uma parcela de culpa, uma parcela de contribuição para formar uma represa de rejeitos, seja por um minúsculo fogão, ou uma mini geladeira. Seja por um carro ou por uma cegonha que trouxe o seu carro a concessionaria mais próxima. E por aquele caminhão que trouxe o seu combustível ao posto escolhido com a bandeira, que busca os seus clientes preferenciais. O mesmo carro que queima combustíveis fósseis lançando monóxido de carbono na atmosfera, provocando uma mudança no clima. Um clima de futuro incerto que pode com excesso de chuvas romper novas represas, ou exaurir o solo infértil que produz alimentos; mas são ares e gases invisíveis que a população não vê.

Resíduos de automóveis, contaminam o meio ambiente, a terra e o ar. Automóveis necessitam de vias calçadas para rodar. Ruas, estradas e avenidas pavimentadas com montanhas de pedras dinamitadas, e resíduos da refinaria de petróleo. Um negócio ideal para países investidores, a indústria automotiva, com rendimentos desde a extração de minerais até a manutenção dos veículos, com óleos e gasolinas, óleo diesel e peças de reposição.

O automóvel altera o ambiente e o regime pluvial, com contaminação e alteração do ambiente, provocando secas ou inundações. Mas prefere-se colocar a culpa no pequeno papel de bala jogado ao vento. O papel é real, físico e visível e por muitas vezes é possível ver quem os joga. E então é dito que os bueiros são entupidos por um simples papel de bala. Por lixos amontoados. Mas o carro estacionado junto ao meio fio no momento das chuvas também alterou os destinos das aguas pluviais. Aumenta o volume de água para o próximo bueiro, na continuidade do declive. O deslocamento de ar de automóveis em movimento, também favorecem o deslocamento de resíduos leves.

Presidentes e líderes de diversos países estiveram em Paris, discutindo o futuro do planeta. Muitos foram em aviões particulares ou exclusivos. Queimaram toneladas o oxigênio atravessando países e continentes, para discutir o futuro da atmosfera, que envolve o planeta, a mesma ocupada por aviões de autonomia intercontinental. Tripulantes e comitivas, colaboraram com a queima de oxigênio, e talvez com a diminuição da camada de ozônio. Parecem não estar de acordo com as novas tecnologias, que permitem reuniões a distância.

Boa parte dos produtos que geraram rejeitos, foram exportados. Exportados com o argumento que exportávamos o que tínhamos em excesso; o que não tínhamos tecnologia e capacidade de usar. Era necessário exportar o excedente, ganhando alguns dólares. E com a exportação poderíamos criar um superávit na balança comercial, gerando conforto e riqueza para a nação nos próximos anos.

E assim aconteceu, exportamos um mineral puro com direito as ficar com os rejeitos. Direito ao resultado de ruas e avenidas entupidas de automóveis, criando um símbolo de tecnologia e evolução. Ruas e avenidas com milhares de automóveis ocupados por apenas uma pessoa, ocupando um espaço sobre o solo bem maior. Mas os carros estão dotados de vidros escuros, e do lado de fora existe uma cidade onde os ocupantes dos automóveis não veem, ou preferem não ver, para não doer a consciência. O vidro escuro, a trave sobre os olhos. Mateus 7:1-5.



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Em 19/12/15

Entre Natal/RN e Parnamirim/RN



por
Roberto Cardoso (Maracajá)
Reiki Master & Karuna Reiki Master
Jornalista Científico
FAPERN/UFRN/CNPq

Plataforma Lattes
Produção Cultural

Maracajá

Outros textos:





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quarta-feira, 22 de julho de 2015

A distância entre a tarifa e a qualidade


A distância entre a tarifa e a qualidade

 


A distância entre o valor de uma tarifa de ônibus, em uma cidade, e a qualidade do serviço prestado é muito maior do que se imagina, muito além do que se deseja e propaga, pelas faixas de rolamentos e outras faixas espalhadas pela cidade. Tarifas são calculadas pelos reajustes dos preços de combustíveis, pelos reajustes dos acordos salariais e dissídios coletivos da classe dos rodoviários, mais o índice de inflação em um determinado período. E os valores de manutenção das frotas, pelas multas, impostos e taxas; e pelas peças quebradas. Nunca pelo aumento de uma qualidade, mas sempre pelos custos de desqualificação de uma cidade. Custos de vida e de qualidade de vida; custos criados pelas vias e rodovias.

Estudantes sempre dão um primeiro passo, contra o reajuste do passe, pois são justamente eles que usam o transporte coletivo todos os dias. Avaliam um transporte com um passe livre ou pagando meia passagem. A possibilidade de avaliar, sem necessariamente depender ou precisar usar. E são sempre os primeiros acusados de promover manifestações e revoluções contra o aumento de passe, um primeiro passo contra o aumento das passagens. O que na verdade não é um simples valor de passagem, mas uma cidade oculta no valor do passe, a omissão da prefeitura e da sociedade.

A população em frente à TV, critica seus atos, considerados infantis ou estudantis, já que não tem coragem de levantar da poltrona e fazer acontecer, mas beneficia-se dos resultados positivos. Cobram inclusive outras manifestações, por outras taxas, custos e tarifas. Trabalhadores por ganharem o vale transporte do empregador, julgam não serem atingidos com os aumentos de passagens, e por temerem chegar atrasado para baterem o ponto não participam, mas também são beneficiados por conquistas alcançadas.

O retrato de uma cidade está estampado nas ruas. São as ruas que atraem os turistas. A história de uma cidade está escrita nas ruas, com nomes de ruas, avenidas e praças; bustos e esculturas, engenharias e arquiteturas. E a geografia de hoje faz a história que estará escrita amanhã. Com manifestações sociais, políticas e comportamentais.

A prefeitura por sua vez convoca e coloca forças policiais nas ruas para conter excessos nas manifestações e facilitar o deslocamento da elite motorizada, com ar condicionado e película no vidro, um modo de se excluir do que acontece do lado de fora. Usam seus carros como uma blindagem social, um escudo de alguma agressão física intencional, ou acidental, independente das manifestações. Todos os dias fazem uma manifestação ocupando ruas e calçadas. Tiram seus carros diariamente de suas garagens para ocupar outros espaços, dificultando o ir e vir de outros, com o argumento de ir e vir de si.

O direito de ir e vir termina quando o carro está estacionado. Quem deseja um carro precisa ter uma vaga de garagem em seus pontos de partida e chegada. Colocam o seu patrimônio material como argumento de seu suor e seu trabalho. Trabalho muitas vezes da exploração daqueles que usam o transporte público para ir e vir, para dar lucro ao patrão ao explorar, seu intelecto, sua produção e o seu trabalho. Automóveis não dão chances ao pedestre ao atravessar uma pista, precisam ser flagrados, advertidos e multados, com direito a recurso de dizer que estavam atrasados e com medo da insegurança nas ruas; consideram-se donos de ruas e calçadas. Com seus cavalos impõem o medo sobre os canteiros e as calçadas.

Empresário, prefeitura e usuário são os três elementos básicos do transporte público de uma cidade, sem o tripé não há a existência de um transporte, que deve tender a ter a melhor qualidade. A prefeitura tem as leis, as ruas, e as calçadas, para garantir e melhorar o sistema de transporte coletivo. Tem o poder e as regras para cobrar das empresas, e os passageiros sempre contribuindo com o lucro e a arrecadação, dos empresários e das prefeituras.

A qualidade de um transporte coletivo não pode ser medida apenas pela qualidade dos ônibus e a frequência de seus horários. O transporte começa na porta de casa, em caminho ao trabalho ou a caminho da escola. Começa com a distância da residência ao ponto mais próximo, começa por ter caminhos para andar e caminhos para chegar a uma parada de ônibus, de preferência um abrigo da chuva e do Sol, uma qualidade e uma quantidade, pelas distancias entre um ponto e outro, como atribuição da prefeitura em estabelecer as paradas e os itinerários. Cabe a prefeitura também estimar a população residente, estudante e trabalhadora; população de idosos e de deficientes, de dificuldades visuais e locomotoras; conhecer seus destinos e suas necessidades. Com dados percentuais e estatísticos estabelecer frequências mínimas necessárias. Bem como tamanho de frotas de ônibus, com suas capacidades, em pé ou sentados, folgados ou apertados, o direito de ir e vir dentro de um ônibus. A prefeitura é a grande administradora de uma cidade.

Depois da partida do ônibus vem o trajeto e as condições das ruas, asfaltadas ou com faixas exclusivas para os ônibus, facilitando o conforto e o tempo de viagem. O empresário dono do capital financeiro arca com o custeio da frota de coletivos, em troca de um lucro. E a prefeitura estabelece as regras de uma licitação. Uma permissão para explorar o sistema de transportes de uma cidade, o transporte daqueles que movimentam a economia de uma cidade. A grande responsabilidade do custo, do lucro e do conforto está a cargo de uma prefeitura e seus administradores, legisladores e fiscalizadores. A administração dos tempos e dos movimentos dos cidadãos como peças de um grande tabuleiro de um jogo, uma cidade.

 

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domingo, 28 de junho de 2015

HUG BUG! HUG BUG!


 
 
HUG BUG! HUG BUG!

Administradores públicos bugados comportam-se como computadores desorientados. Investem tudo na ideia importada, para classes elitizadas. Naquilo que apostam ser a ideia revolucionaria de seus mandatos, diante de seus eleitorados. Os povos engravatados, eleitos ou escolhidos, todos empacotados, todos iguais. Mas não foram buscar subsídios fundamentados, para seus argumentos, projetos e mandatos. Estão entusiasmados, ou talvez influenciados, o mais provável, com a possibilidade de um HUG no Nordeste (NE). Começam teleguiados pela estratégia dos organizadores políticos e intelectuais, os logísticos e estratégicos do HN (Hemisfério Norte). Com visões e noções direcionadas ao HS (Hemisfério Sul), a de provocar uma disputa entre os que podem, os que pretendem, e os que desejam sediar um HUG na América do Sul (AS), no HS, no Brasil (BRA), para fazer links aéreos, de velocidade e rapidez com o HN, para os EUA e a UEE. Escalas e trampolins, para cargas e passageiros, para os objetivos de terceiros, aqueles que se colocam como primeiros, denominando os outros como terceiros, em suas escalas de classificações dos povos, nações e países, descendentes de suas genealogias capitais e econômicas.

Ainda haverá muito o que fazer para implantar um HUG ideal. Um roteador de aviões e voos, o avião como transferência de informações, e de conhecimentos. Uma estrutura de excelência. Como por exemplo, a necessidade de uma infraestrutura aeroportuária e logística em terra. Como uma estrutura médica de urgência e emergência, para atender a possibilidade de um grande acidente, ou incidentes, com grandes aviões, com inúmeros passageiros, de dezenas a centenas de passageiros. Radares que possam acompanhar os aviões ao cruzarem a ITCZ, a zona de convergência intertropical, o equador climático do planeta, com posições variáveis. Lembrando o fato acontecido com o Air France. E também do Legacy com o avião da Gol (G3), no voo 1907. Enquanto o Brasil não tem condições de implantar estruturas de qualidade e excelência, fica sujeito a importação de mão de obra, tecnologias e equipamentos.

O objetivo da aviação é realizar voos e procedimentos, atividades com o risco zero. Tudo deve ser feito, previsto e calculado, para evitar e prevenir acidentes, sem BUG no sistema. E ainda que algo não aconteça como previsto, serviços de resgate devem estar sempre atentos e aptos a responder chamadas e pedidos de socorro em emergências, na terra, no mar e no ar. Devem estar aptos e prontos para chegar ao local do acidente, com objetivo de resgatar as vítimas sobreviventes. Com apoio logístico de leitos em ambulatórios, ambulâncias e hospitais. Vasculhar a área, para verificar vítimas vivas, e dar notícias aos parentes das vítimas falecidas. Remoção de mortos e feridos. Remoção de equipamentos que possam concluir as causas do acidente, contribuindo com informações de prevenções futuras, como por exemplo uma “caixa preta” que não é preta, para ser melhor identificada em meio aos destroços. QRU (Mensagem urgente); QRV (As suas ordens); QUS (Avistou os sobreviventes ou destroços?); QUT (O local do acidente já foi assinalado?). QSL (Compreendido?). OK (zero killer).

 

HUG BUG! HUG BUG!

Comitivas turísticas vão a outros países apresentar o país (BRA), tal como um dia os europeus levaram “exemplares indígenas” e “exemplares africanos”, para que a população da Europa pudesse ver aqueles espécimes enjaulados, e despertassem curiosidades e conhecimentos, sobre uma terra desconhecida, descoberta, e com densa mata. E se um dia levaram para a Europa cenas de um pais tropical com matas exuberantes, com animais selvagens, hoje levam imagens da natureza dominada, possibilitando a pratica de esportes, de hobbies criados em outros países. Levam a imagem de uma gastronomia praticada com animais exóticos, para ser acompanhada com vinhos escolhidos de suas melhores safras.

 

HUG BUG! HUG BUG!

Uma estratégia antiga usada na colonização. Europeus provocaram disputas e guerras, que levaram os nativos a tomar partidos, escolher um lado para defender e guerrear. E se havia paz entre eles, passou haver uma disputa, por produtos que nunca disputaram, caça e pesca; produtos animais, vegetais ou minerais: como terras e madeira, mais algumas pedras preciosas. Madeiras, minerais, vegetais e animais, que não eram vistos como mercadoria. Não havia a necessidade de obter e vender, para gerar um lucro. Não havia a necessidade de estocar produtos, e manipular preços no mercado. Viviam integrados e interagidos com a natureza, fazendo parte dela. Filhos da Terra e do Sol, amadrinhados pela Lua. Não conheciam o capitalismo inventado. “Quanto mais o homem se tornar homem, tanto mais ele estará as voltas com a necessidade, e com uma necessidade sempre mais explicita, mais requintada, mas faustosa de adorar”, Pierre Teilhard de Chardin in Bernard Sesé (Paulinas, 2005; original de 1997, em Paris).

Piratas e corsários; mercadores e mercenários. Produtos desejados e cobiçados pelos novos povos imigrantes. A invasão das saúvas europeias desbravando e dizimando matas, cavando buracos em busca de minerais. Invadiram sem uma guerra declarada, ocuparam um espaço. Foram se achegando e desembarcando. Espaços conquistados, e espaços deixados pelos índios que estavam ocupados, com seus afazeres. Hoje novos minerais surgem à tona, como a água do aquífero guarani, e o petróleo do pré-sal. Satélites observam as movimentações, populacionais e atmosféricas, minerais e vegetais; manufaturadas e industrializadas.

Hoje os grupos LAN e TAM (Chile e Brasil – cobrindo oceano Pacífico e oceano Atlântico), voando juntas, denominadas agora por, LATAM, provoca uma disputa entre estados, capitais, e cidades, para sediar seu HUG. Enquanto isto o grupo Azul que comprou a TAP – Air Portugal, e já havia incorporado a TRIP, observa e cria suas estratégias para seu próximo HUG internacional. Duas empresas representantes do domínio português e espanhol (LAN e TAM). E outros dois conglomerados também representando as duas primeiras dominações; portugueses (Azul com TRIP e Air Portugal), e espanhóis (Avianca). O domínio por naus aéreas e marítimas, a nova navegação que um dia foi pelo mar, agora é pelo ar. Cada pais já teve suas naus e caravelas, agora eles têm Boeing e Airbus, com uma bandeira no ponto mais alto da aeronave. Mastros e lemes conduzem a uma nova terra, pelo mar e pelo ar, ao comando de um capitão e sua tripulação.

Grupos econômicos poderosos criam um BUG na cabeças dos políticos e administradores públicos, que os levam a pensar estar fazendo suas melhores escolhas, escolhendo pistas e aeroportos; portos e partidas, em um meio, já cheio de disputas e partidos politicados, todos bugados. As empresas aéreas, nas disputas simuladas já conseguiram redução do preço do QAV. Um voo UEE-EUA-UEE, poderia pousar apenas para reabastecer, sem deixar dólares, divisas e passageiros. Aviões intercontinentais já possuem mercadorias para vendas a bordo, um Free Shop aéreo. Cargas e descargas embarcam e desembarcam paletizadas, embaladas e invioladas. A necessidade intensa de órgãos fiscalizadores: federais, estaduais e municipais.

Com Lan e TAM (LATAM), todo o continente sul-americano estará coberto. Do HUG poderá se chegar a qualquer lugar da América do Sul. A estratégia de fazer acordo com quem conhece todos os caminhos de todo o território: terra, mar e ar, já fizeram o mesmo com os índios. E se TAM (Taxi Aéreos de Marília) ou TAM (Transporte Aéreo Meridionais), fica a dúvida de entender e saber quem são seus verdadeiros donos ou acionistas majoritários, levando-se em conta que seu idealizador e criador, da TAM (JJ), faleceu em um acidente de helicóptero. Não sabemos se é uma empresa 100% nacional ou criada por conglomerados internacionais. A Varig (RG), a empresa aérea brasileira com reconhecimento internacional já não existe mais, foi capitalizada pela GOL (G3) e pala TAP (TP), cada uma com uma parte. Um dia a Varig capitalizou a Panair do Brasil, incorporou a Cruzeiro e a Transbrasil, tudo foi resumido em um gol (G3), no antigo país do futebol. E tantas outras ficaram pelo caminho, ficaram a ver navios.

Quando aconteceu a falência da Panair (ligada a um grupo americano), a Varig já tinha aviões prontos para decolar e cobrir as rotas da empresa declarada como falida. Fato semelhante aconteceu com a falência da Varig. A Gol e a TAM assumiram rotas e aviões. O que acontece dentro da cabine do avião e do governo, passageiros e cidadãos não tomam conhecimento. Só lhes resta ficar sentado e obedecer ao comando de apertar os cintos, quando o momento requer cautela e precisão nos procedimentos de pouso ou decolagem, do avião e do pais. Com a promessa e os votos de uma boa viagem, agradecendo a escolha da companhia e dos governantes. O serviço de bordo pode ser oferecido ou não, escasso ou farto, dependendo da classe, e do tempo de voo. Os que ficam em terra tem que se satisfazer em ver o avião e o pais voar, pousar e decolar, com direito a manutenções periódicas, de tempo de vida e horas de voos. E assim voltamos às urnas periodicamente, para trocar as peças do jogo.

 

HUG BUG! HUG BUG!

O turismo vem sendo apresentado como a última inovação, a ideia milagrosa e mirabolante, com uma possível base, em São Gonçalo do Amarante/RN. Terra de batalhas e massacres registrados na história. Com curvas chamadas de curvas da morte nos seus acessos e caminhos. Município com origem na época de invasões e ocupações, imposições militares, culturais e religiosas; com necessidades e desejos políticos e comerciais.

Estratégias para que grupos ligados ao transporte aéreo e aeronáutico possam chegar mais rápido de suas origens aos seus destinos, com seus passageiros embarcados, formados de exploradores e desbravadores. Começaram com barcos a velas e as grandes navegações, e eram chamados de brasileiros, pois se dirigiam ao Brasil com uma atividade, uma profissão, a de ser um brasileiro, para explorar as riquezas do Brasil. Hoje praticam uma navegação aérea com grandes naus voadoras. Mostram o turismo como uma tábua de salvação para Natal (NAT), Fortaleza (FTZ), ou Recife (REC); para o RN, para o CE, ou para PE; para o Nordeste (NE), e para o Brasil (BRA). Fizeram uma catequese na religião, queriam mostrar convencer com sua religião e seus rituais, com copos e taças. Agora catequisam o anfitrião com o turismo, com estratégias de convencimento que é preciso cada vez mais conhecer seus idiomas, seus comportamentos e seus gostos, seus rituais atuais, com copos e taças.

Um piloto precisa enxergar a quilômetros de distância, antes de algo acontecer. Aeroportos são controlados e observados por radares e satélites. Enxergam de longe e antes do que possa acontecer. Voam tal como um Anhanguera, o pássaro temido pelos índios. A nova posição estratégica do Brasil no Mundo. Um HUG próximo à linha do Equador. Entre Alcântara/MA e Parnamirim/RN, entre duas bases de lançamento de foguetes. Um ponto próximo à Natal/RN, que um dia foi denominado como Trampolim da Vitória. A cidade das invasões e do renascimento, a cada invasão ou ocupação. As menores distancias entre os continentes: Europa e África.

 

HUG BUG! HUG BUG!

Administradores devem voltar aos bancos das escolas, frequentar livrarias e bibliotecas, e pesquisar quando começa o turismo. Aprender a lição de casa, fazer suas tarefas. Devem andar pelas ruas e conversar com pessoas. Há um conhecimento nas ruas, inscrito e escrito em ruas e calçadas das cidades. Viajam às custas do dinheiro público e não aprendem nada. Desejam apenas viajar mais, comer mais, e ganhar mais. Com shoppings particulares, podem querer aeroportos particulares. Para depois se esconderem em gabinetes hermeticamente fechados, as suas Lan houses particulares e linkadas, não se sabe com onde e com quem. Evitam as ruas onde podem ser reconhecidos, como meros coadjuvantes de programas e flashes televisionados.

O turismo é uma atividade pré-histórica. Quando o homem primitivo já procurava outros lugares, novas paisagens e novos alimentos. Vikings e fenícios já dominaram os mares. Daí então fizeram novas descobertas, conquistaram novos habitats, atribuíram valores ao que era difícil de encontrar. O turismo evoluiu. De viagens turísticas, criaram-se as viagens de comércio. Aos que não tinham como conhecer e viajar, restou o querer e o pagar. Criaram disputas bélicas pelo poder de algo, minimamente a terra e o fogo. Fizeram guerras pelo poder do fogo. Fizeram guerras com o fogo, petardos com pólvora e minerais.

O turismo é um modo hábil e pacifico de invadir, ocupar e explorar. Com um conhecimento anterior, chegam e observam tudo, tiram conclusões. Sem batalhas conquista-se vistos e direitos. Com riquezas descobertas pode-se criar disputas e guerras, primeiro as guerras comerciais, podendo chegar a uma disputa bélica, por terras, produtos e serviços. A Inglaterra promoveu a Guerra do Paraguai incitando o Brasil, a Argentina e o Uruguai contra o Paraguai, beneficiando-se do resultado.

                                                               

HUG BUG! HUG BUG!

Os índios no Brasil, sempre praticaram um turismo, mudando de paisagem quando já não era possível encontrar os alimentos que precisavam ou desejavam. Bem como a procura de fibras e argila para construir as suas práxis, de transformar produtos oferecidos pela natureza em produtos que facilitavam suas vidas, o homo faber. Como cestas para transportar coisas, e canoas para cruzar e navegar em rios, e em mares de aguas calmas, remando aos ritmos de sons produzidos: Hug bug, Hug bug.

O hit do momento é a disputa de um HUG. Um HUG que se diz, trará turistas e riquezas, e salvará o Brasil da pobreza. A eterna mendicância e dependência do Brasil diante os países autodenominados como desenvolvidos. Denominações por eles criadas, a partir de um direcionamento, o norteamento. O olhar para cima, olhar para o norte, onde eles estão localizados.

Em debates, audiências e seminários, admite-se e defende-se o turismo como solução para chegar a um desenvolvimento. A eterna busca desde 1500. E confessam diante do povo que para chegar ao determinado desenvolvimento citado, é necessário a capacitação. Uma capacitação que está direcionada e controlada pelos países onde se entende que dominam e controlam um conhecimento. Colonizadores afirmaram que os índios não eram civilizados e precisavam ser catequizados. Ensinaram apenas uma oração. Esconderam o verdadeiro significado, o conhecimento. E assim continuam, transferem apenas poucas informações, pouco ou nenhum conhecimento.

 

HUG BUG! HUG BUG!

O que vemos é ABSOLUTISMO LEGISLATIVO, a ideia de que um grupo de legisladores tem um conhecimento e um poder. E tambem devia ser considerado crime, assediando a população com as suas ideias, seus factóides. Colocam-se em posições privilegiadas e disponibilizam cadeiras para serem assistidos e aplaudidos. O  ministro do turismo esteve em Natal/RN, e citou o seu conhecimento. Um homem viajado que teve oportunidade de conhecer o mundo, tendo a capacidade de transformar o tal Brasil encontrado, tal qual desejam os chamados de turistas, que aqui deverão desembarcar. Embarques e desembarques que sempre fizeram parte da nossa história. Sem vistoriar suas bagagens.

 

HUG BUG! HUG BUG!

Turistas deixam apenas o que podem deixar, não mais que isto. Algum dinheiro que tem no bolso, e o que tem na barriga, um pouco do que tem na cabeça. Deixam algumas moedas e excrementos, pilhagens, e destruição. Subtração de minerais e reservas vegetais. Devoram banquetes e deixam farelos sobre a mesa. A história do Brasil já mostrou isto. Com malas cheias de dinheiro e ideias na cabeça, eles chegam. E não voltam de malas e cabeças vazias. O turismo é efêmero, é apenas um momento, é passageiro.

Cifras de bilhões foram publicadas, na mídia impressa, como valores a investir. Cifras que estão longe da imaginação da maioria das pessoas. Cifras que não mostram exatamente de onde vir, e como vir, onde e como serão aplicadas. E são difíceis de serem acompanhadas, conferidas e confiscadas. Se serão aplicadas em uma casinha simples de taipa, desenhada por um arquiteto super-hiper renomado e internacionalizado; ou aplicadas em superestruturas de concreto superfaturadas.

 

HUG BUG! HUG BUG!

Na entrada do porto de Natal/RN, na foz do Rio Potengi, ainda há vestígios de povos presentes ali em outras eras e épocas. A começar pelo cemitério dos ingleses, uma época que todo estrangeiro era chamado de inglês. Marcas de presenças holandesas e portuguesas, no Forte dos Reis Magos. A presença dos americanos na Rampa, onde existe um museu em construção ou ainda inacabado, ou destruído. Barcos orientais apreendidos, estão esquecidos junto ao porto. Navios velhos doados depois da Segunda Guerra, estão ali fundeados. O Passo da Pátria, onde ali um dia um passo foi dado. Subindo o Rio Potengi chega-se a São Gonçalo do Amarante. Talvez botijas, eles os invasores, tenham deixado enterradas, e estão voltando para buscar, e agora voltam de avião.

Há ideias, estudos e projetos para ampliação do porto de Natal, com a ocupação da margem oposta, junto a Zona Norte da Cidade de Natal. Um porto que atualmente funciona sem demanda de importações e exportações. Importa-se talvez trigo, que sempre foi importado. Exportam-se frutas produzidas no interior do estado à custa do uso de muita água, que não é incorporada aos custos da produção. O agronegócio direcionado a exportação, sem se importar com a destruição.

Um porto sem logística e sem infraestrutura externa de movimentação de cargas e mercadorias. Sem infraestrutura rodoviária ou ferroviária. Um porto que antes de terminar seus estudos e projetos, para idealizar e construir, demonstra um querer ser maior que o porto de Santos/SP, que ocupa duas margens.

Lembrando Slavoj Zizek no título de seu livro “Primeiro como tragédia, depois como farsa”. Primeiro eles chegam com uma tragédia anunciada, depois percebemos que é uma farsa. E assim foi com os nativos recém descobertos, e não catequisados até aquele momento. E assim tem sido até os dias de hoje, com ideias, guerras e tecnologias.

O som talvez produzido por indígenas e os denominados povos primitivos, soa no presente daqueles que dominam um poder, com seus arcos e suas flechas, suas zarabatanas, seus tacapes de papel, seus diplomas e seus títulos, de mestres e doutores, de títulos legislativos. Com títulos e diplomas enrolados em canudos, um som ecoa em suas cabeças.  HUG BUG! HUG BUG! Hug, bug; hug, bug; hug, bug ...

 

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PDF 412

BRA - RN, 28/06/15

Roberto Cardoso (Maracajá)
Desenvolvedor e Pesquisador de Komunikologia.
Jornalista Científico (FAPERN/UFRN/CNPQ)
Reiki Master & Karuna Reiki Master

 
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sábado, 11 de abril de 2015

Fejão no dente



“Fejão no dente”




Há feijões e feijões. Há famílias diversas, com cores, formas e tamanhos. Uma infinidade de variedades de feijões. Encontramos o feijão como alimento, e famílias com o sobrenome de feijão. O feijão é uma leguminosa que faz parte da base alimentar do brasileiro. E há feijões e feijões. Há os feijões digestivos e nutritivos; e os feijões fracos, sem vitaminas e sem proteínas, e até indigestos. Alguns feijões são consumidos com a própria vagem, e podem ser simplesmente ser chamados de vagem, diferenciando-se entre manteiga e macarrão.

Algo que parece nunca dar certo é um feijão no dente, o popular “Fejão no dente”. Quando depois de uma alimentação, uma refeição, ou depois de uma degustação fica um pedaço ou uma casca de feijão, em um dos dentes, cobrindo um dente, ou localizado entre os dentes. 

Existe uma grande variedade de feijões. Podendo alguns até ser classificados ou nomeados pela cor: feijão branco e feijão preto, e até o feijão mulatinho; feijão vermelho, feijão roxo, e outros. Outras variedades e classificações podem ser nomeadas na cor e na condição da semente: como o caso do feijão verde, que também é conhecido como feijão de corda, dependendo do local. Depois de maduro pode receber outro nome, como feijão macassa, e em alguns locais pode ser conhecido como feijão fradinho. Dizem que entre estes quando secos ou maduros, pode haver cores diferentes. Alem do feijão fradinho, também é muito comum encontrar o feijão furadinho, quando brocas infestadas passam a deixar os seus caminhos.

Outras nomenclaturas podem acontecer: por questão de uma semente ser natural de um lugar, ou de ser pesquisado em um laboratório, ou ser consumido exclusivamente em um determinado lugar. E até ser criado ou pesquisado por alguém que nasceu ou viveu em um determinado lugar. Um fato para descobrir e pesquisar. Deve haver uma razão para um feijão ser chamado de carioca e outro de carioquinha. Fatos que geram uma curiosidade. Como o fato que possa ser pesquisado: como o feijão carioca ou o feijão carioquinha. Embora o carioca consuma mais feijão preto no seu dia a dia. Em outras regiões do país, o feijão mais consumido é o carioca e o carioquinha, enquanto o feijão preto só é consumido em feijoadas.
E algo que parece que sempre, e nunca dar certo é um feijão no dente. Uma questão ética e estética. Quando depois de uma alimentação ou depois de uma degustação fica um pedaço ou uma casca de feijão em um dente. O rosto é o cartão de visitas de uma pessoa. E o sorriso complementa este cartão de visita.

Da mesma forma acontece no comércio. A porta de um comércio é uma boca para a entrada de seus clientes. A porta comercial é o sorriso para um cliente. Um comércio de produtos ou serviços. Um carro parado na porta é como uma casca de feijão no dente, um “caroço de fejão no dente”. Na região da Grande Natal é muito comum carros parado literalmente na porta de um comércio. Carros que se encostam à porta, nas calçadas. Carros estacionados junto a portas, e nas paredes junto à porta, dificultando a passagem de pedestres e entrada de clientes. Um ato incauto de motoristas displicentes, e por incrível que pareça também pode ser um ato do próprio proprietário do estabelecimento. O proprietário que quer mostrar ser dono de imóveis e automóveis. Acreditando que imóveis, com seus automóveis sobre as calçadas são espaços e propriedades exclusivamente suas. 

Um carro parado literalmente na porta da entrada de um estabelecimento comercial, não valoriza o estabelecimento, impede a entrada de novos clientes, não valoriza o profissional que ali está trabalhando. Atrapalha a vida de outros pedestres e cidadãos. Um carro estacionado na porta, a boca de entrada do comércio é como uma sujeira nos dentes, um caso típico de “Fejão no dente”.

A qualidade e a gestão do atendimento começam pelo sorriso de boas vindas, estampados simbolicamente nos tapetes e nas portas de acesso de um estabelecimento.

Entre Natal/RN e Parnamirim/RN 11-04-15

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sexta-feira, 20 de março de 2015

Agricultura otimizada II.



Agricultura otimizada II.



A FAO (Food and Agriculture Organization), a organização das Nações Unidas para agricultura e alimentação, diz que inúmeras plantas ainda não foram pesquisadas, e que muitas delas ainda poderão ser consideradas como alimento, e podem ter seus valores alimentícios e nutritivos desperdiçados até o momento. Daí entende-se que por falta de tempo e de pesquisa, não comemos e não consumimos algo que deveríamos comer, ou poderíamos consumir, ou simplesmente ingerir. Algo quem sabe talvez, nunca tivéssemos imaginado que seria bom e útil, comer ou consumir. E se alguém come alguns dos alimentos não pesquisados é por pura intuição, ou uma grande imaginação. Ou ainda a prioridade urgente e lastimante da necessidade de alimentação. Um conhecimento por alquimia ou simples empiria, baseada na observação dos pássaros e de outros animais.

Ao longo da criação e da construção da ciência, nos alimentamos daquilo que as pesquisas com seus pesquisadores e seus laboratórios, nos dizem conter e necessário ingerir: alimentos com muitas fibras, muitas vitaminas, muitos sais minerais e muitas proteínas. Alimentos e produtos com inúmeras quantidades e qualidades disto ou daquilo. À medida que a pesquisa evolui um foco é pesquisado e enfatizado como: glicose, frutose ou sacarose; glicídios ou lipídios, e etc. Pesquisas que geram um desfile e um passeio pela tabela periódica que mostra a composição dos alimentos com os seus elementos moleculares e atômicos, com os orgânicos e inorgânicos da química. Com o conhecimento produzido nos basta apenas acatar e ingerir, ou seja, engolir e digerir.

A busca de plantas com sementes mais germinativas e mais produtivas. Os laboratórios com seus laboradores e colaboradores ficaram como entes da dominação e da superioridade sobre a natureza. Não satisfeitos com o que a natureza dispõe e produz, partiram para criar seus próprios alimentos laboratoriais. Com criações e mudanças genéticas criaram-se novas plantas com conteúdos desejáveis, dentre os elementos pesquisados e imagináveis. Atribuiu-se nomes e valores a vitaminas e proteínas, sistematizou-se e tabulou-se um consumo de porções, e uma necessidade diária de calorias. 

Criaram-se sementes com maiores valores nutricionais para uma plantação com maior produção por are e por hectare. Uma relação de economias de espaço, valores e sabores; e principalmente de produção; valores de beneficiamento e de consumo, de vendas e de revendas. Plantas e sementes com valores agregados em seus componentes microscópicos que possam gerar lucros macroscópicos em novas agregações.

O mundo evolui e já não estamos na era ou na idade das bruxas, onde o domínio das ciências e do conhecimento pertencia às mulheres, que com suas misturas em caldeirões sobre o fogo intenso produziam poções e conhecimento. Com a cruz e a espada veio o período de caça ás bruxas e a dominação pelos homens, que também inventaram algumas poções em outros caldeirões. E deram outras utilidades à cruz e à espada.

De alquimistas caçados e procurados, tornaram-se cientistas, respaldados por seus conceitos, provas e demonstrações. A cruz ou a espada, agora como um gráfico foi sua mais importante invenção. Nos quadrantes da cruz seus pontos e cálculos de pesquisas foram marcados. Com uma lança, a espada em punho, fazem suas apresentações e demonstrações, dos pontos marcados sobre a cruz itinerante.

Enquanto os alquimistas chegaram discretos e silenciosos, os cientistas chegaram com marketing e propaganda de seus atos. Com a cruz empunharam suas novas bandeiras. Com a espada apontaram quem entra e quem sai nos novos templos. Criaram templos de informações e conhecimentos universais, local onde lhe deu o nome de universidade, supondo e estimando ter o conhecimento universal. 

Na remota e vaga imaginação a lembrança da mulher, como dona de um conhecimento. Minerva ficou à frente do conhecimento e da universidade, com sua armadura completa. As universidades, uma soma de faculdades de pesquisa e conhecimentos, tal como a das faculdades mentais contidas em nossos cérebros. A soma das faculdades mentais contida em cérebros forma uma universidade com diversidade em cada um. 

Faculdades que agora são pesquisadas por novos e revolucionários cientistas. Novos pontos de vista a partir de uma nova ciência: as neurociências, dominadas e praticadas por neurocientistas, que mesclam várias ciências e tecnologias. A pesquisa do protótipo: do ser meio homem e meio maquina.

RN, 20/03/15


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