Gestão
da Qualidade
e
Qualidade da Gestão
A educação está em pauta e
está nas ruas. A sociedade estudantil tem ido às ruas para cobrar um novo
modelo educacional e político, uma política de educação, com maiores recursos
financeiros e estruturais. Quando o país não vai bem, passa a ser a educação
culpada de todos os erros e atropelos, o foco do problema está nas causas e nas
faltas. Falta de investimento em estruturas e falta atualização dos
professores, estruturas físicas e organizacionais. Começam as buscas de erros e
acertos com a intenção de aprumar os rumos e descobrir um novo norteamento. Quem
sabe uma mudança de paradigma. Afinar os motores do desenvolvimento, o
estruturado fornecendo condições estruturantes.
O pensamento atual é
cartesiano. A visão cartesiana exclui o mundo, define rumos e metas baseando-se
em gráficos e números, e o mundo é exercido por pessoas, por atores sociais.
Descartes intuiu e deduziu que pensava, mas não identificou o que pensava, se
alguém pensa, logo pensa em alguém ou em alguma coisa, em algo, em um objetivo.
Pensadores do segmento de gestão de pessoas (RH) vão mudando suas visões e
teorias. Controles de pessoas e de recursos humanos vão se humanizando mais, definindo
os colaboradores agora como pessoas e grupos lideráveis.
Um público seleto e otimista
reuniu-se em um hotel da cidade de Natal/RN (08/07/13), para discutir e ouvir assuntos
pertinentes à educação básica e profissional para o desenvolvimento do RN. O
evento aconteceu em Praiamar Natal Hotel & Convention, onde autoridades e
especialistas debateram pontos fortes e pontos fracos do tema central. As
forças (Strenghts) e as fraquezas (Weaknesses), buscando e destacando as saídas
e as opções, as oportunidades (Opportunities)
e as ameaças (Threats), para o
desenvolvimento do estado do RN. O evento aconteceu com uma linguagem simples e
adequada ao público, evitando modismos e americanismos da gestão e da administração.
Estiveram presentes representantes da esfera federal, estadual e municipal, exibindo
planos e novos planos da educação superior e educação profissionalizante de
segundo grau. Foi a oportunidade de dirigentes, coordenadores e professores
ouvirem e discutirem entre si e com aqueles que representam os ambientes das
salas de aulas.
O ponto culminante do evento
foi a aula/palestra de Gabriel Chalita, personagem com um currículo de
professor, escritor, advogado, jurista e Deputado, coberta pelo tema “Gestão e
qualidade da educação básica”.
Em uma época que ganhos eram
produzidos pela manutenção de dinheiro em bancos e aplicações financeiras a economia
já foi criticada pelo uso da linguagem do economês que só os peritos na matéria
compreendem. Hoje está no pódio a administração e a gestão da qualidade que se utilizam
de nomenclaturas importadas causando um não entendimento a quem não pertence e
não tem conhecimento da área e da causa. E qualidade começa dentro de casa,
qualidade de vida e de alimentação.
O Brasil é um país
originalmente descoberto e colonizado pela realeza europeia peninsular. Um país
de dimensões continentais, mas ainda não perdeu sua posição de colônia perante
o mundo, o modelo e a condição de dependência ainda estão no sangue do
brasileiro. O modelo e a posição de dependente ficaram encravados, imbuídos na
cultura. Viveu, vivemos de modelos tayloristas, fayolistas e fordistas. Nas
faculdades, disciplinas da teoria da administração começam a partir da Revolução
Industrial. Onde sequer é citado nomes brasileiros empreendedores como o Barão
de Mauá que implantou a primeira estrada de ferro brasileira. O mundo voa em
Boeings e Airbus, aviões americanos e europeus, mal nos lembramos de que o
primeiro homem a voar com um mais pesado que o ar foi um brasileiro, que ainda
jovem dirigia o carro da família e despertava interesses em assuntos aeronáuticos.
Como um dos exemplos em sua
explanação, Gabriel Chalita em sua palestra citou o escritor Machado de Assis
que de origem pobre ouvia histórias que sua mãe adotiva contava antes de
dormir, histórias interrompidas pela narradora para que o fim pudesse ser
contado no dia seguinte. As histórias ouvidas sem um fim proporcionaram a
Machado de Assis imaginar uma diversidade de encerramentos e finalizações,
proporcionando um ganho de imaginação e conhecimento, podendo imaginar diversos
desfechos, que seriam desvendados no dia seguinte sem contudo, causar um ponto
desmotivador por não ter idealizado o que realmente aconteceu, mas aumentou a
gama de soluções a outras situações. Chalita ainda fez comentários sobre a obra
e as ideias educacionais de Anísio Teixeira copiado pelo Chile e Paulo Freire
adotado nos EUA, brasileiros desprezados por brasileiros, adotados por
estrangeiros.
Ainda Chalita. Ele fez
comentário interessante sobre um mestrando ou doutorando ser arguido pela sua
banca de defesa e não ter uma resposta de imediato como pudessem desejar alguns
membros da banca. Chalita entende que um mestrando ou doutorando que tenha
estudado determinado assunto por um período de dois a quatro anos tenha um
conhecimento profundo do determinado assunto muito maior do que a banca e que
não possa, e não deva, ser duvidado de sua sabedoria por algum membro da banca
de avaliação. Baseando-se na opinião de Chalita podemos transpor a ideia a um curso
de graduação, onde o professor tem dois meses para preparar uma prova (com
avaliações bimestrais), podendo consultar provas anteriores, anotações e livros,
ao passo que um aluno só terá uma hora para responder a mesma prova sem direito
a consulta. E ainda devera responder tal qual o professor ensinou. Não devendo,
por exemplo, responder em uma prova que um dividido por dois é igual a seno de
30 ou que dois mais dois é igual a raiz quadrada de dezesseis. Há professores
que não compreendem que seis é igual a meia dúzia. Hoje já não se aprende em
uma faculdade, decora-se o que o professor falou.
As opiniões de Chalita
remetem ao pensamento do sociólogo Pierre Bourdieu que escreveu um livro e
disse que o mesmo era um livro para ser queimado (Homo academicus. 1984,1992 em Paris e 2011 em Florianópolis). Um
livro expondo sua opinião sobre professores universitários que disputam títulos
entre si para não perder suas posições, colocando obstáculos de informação e conhecimento
para que outros não cheguem a seu lado para disputar uma cadeira ou posição.
Distinguem-se hoje entre si, os professores, por portadores de títulos de especialistas,
mestres e doutores. Um fato muito comum, podemos observar em seminários e
congressos onde a cada apresentação oral o palestrante é apresentado com base
em títulos adquiridos aqui e acolá, dando-se maior ênfase a títulos adquiridos
em universidades e instituições estrangeiras. Uma nova classe vem surgindo e se
posicionando recentemente no meio acadêmico, a de pós-doutores. Criando assim
os mais uma classe de destaques, os símbolos do conhecimento específico.
Chalita demonstrou no evento
e vem demonstrando em seus livros que é uma pessoa de conhecimento jurídico,
ético, didático e religioso. Embora deva usar seus cientificismos cartesianos
em seus trabalhos e suas tarefas, não esconde um olhar religioso em seus
escritos. Aproveitando o gancho criado e deixado por Chalita vale lembrar aqui
que a Igreja Católica divide os anos em três classes, anos A, anos B, e anos C.
O ano de 2013 é um Ano C, consequentemente o ano de 2014 será Ano A, ou seja,
um reinício, uma chance de renovar e recomeçar. As manifestações nas ruas já
parecem demonstrar isto, algo vai mudar este ano (2013) e provavelmente algo
vai recomeçar no próximo ano (2014). Que seja para melhor, com certeza será com
os objetivos de Deus ou do Maestro oculto como diria Bourdieu. Tem um momento
que a sociologia e a história não podem prever o próximo passo da sociedade,
mas o mundo seguirá aos objetivos do Maestro oculto.
Hoje importamos modelos de
gestão da qualidade (GQ), Quality Management,
com conceitos americanos e americanizados, uma epidemia de certificações
ISOs, invade nossas vidas e nossos comportamentos. Conceitos e modelos que
buscam a Total Quality Management, a gestão da qualidade
total (GQT), dos processos administrativos, comerciais e industriais, com as
denominadas poderosas ferramentas de GQ.
O “Sistema S” vai
construindo e formando os novos personagens de um novo feudalismo. Empreendedores,
microempresários e empresas individuais, são os novos artesãos. A informática
permite a realização de tarefas a distancia, em escritórios remotos.
Modelos estrangeiros
importados, que mesmo traduzindo suas palavras, não entram no vocabulário
nacional, não são assimiladas e nem utilizadas no dia a dia, dá-se preferência
ao estrangeirismo. Análise da matriz SWOT [1], ninguém diz que é uma análise
da matriz FOFA [2],
considerando fatores internos (que podem ser controlados) e fatores externos
(que não podem ser controlados). FOFAs internas e externas, mas dá mais ênfase
verbalizar dizer que fez uma análise SWOT. Um especialista tem que demonstrar
seu capital de conhecimento, um capital adquirido e reconhecido por uma
comunidade empresarial ou científica.
[1] SWOT - Origina-se das palavras inglesas: Strenghts (forças), Weaknesses (fraquezas), Opportunities (oportunidades) e Threats (ameaças).
[1] FOFA - Iniciais das palavras: forças, oportunidades, fraquezas e ameaças
[1] SWOT - Origina-se das palavras inglesas: Strenghts (forças), Weaknesses (fraquezas), Opportunities (oportunidades) e Threats (ameaças).
[1] FOFA - Iniciais das palavras: forças, oportunidades, fraquezas e ameaças
O ensino a informação e o
conhecimento são as bases do saber. Um bom ensino gera bons conhecimentos.
Novos conhecimentos geram novos ensinos. O ser humano nasceu para aprender, não
importando os meios. O estudo da psicologia já mostrou que acriança aprende por
meios orais e anais. Aprende a perceber o mundo exterior a partir de suas
sensações. O homem primitivo aprendeu com o ambiente a sua volta, observado e
experimentando, analisando os resultados, os resultados daquilo que ingeriu. Os
antigos aprenderam as funções das plantas pelos usos e abusos.
O momento político é
propício, o momento astral também, ao desenvolvimento de um pensamento
nacionalista e regional de gestão da qualidade. Sugiro o modelo denominado MIRNA
(Modelos de Intenções e Realizações Norteadas por/pelas Ações). Uma ferramenta mestra
e padrão que possa atender necessidades pessoais e particulares, bem como as
necessidades comerciais e industriais.
O modelo MIRNA, um modelo
que para desenvolver tarefas como: melhorar, identificar, restabelecer, nortear,
e administrar. As Atividades: de metas, de índices, de recordes, de normas, e
de atividades. MIRNA, modelos que identificam resultados ou resoluções nunca
avistadas.
Antes de tomar uma decisão
se faz necessário cercar-se de certezas e informações para ter mais
propriedades e conhecimento para tomar a decisão acertada com menor risco de
erro. Um roteiro de tomada de decisões é como um totem ou um altar onde podemos
buscar orientações buscando a direção, o caminho a ser tomado.
As chamadas ferramentas de
Gestão da Qualidade (GQ), tal como as estratégias de novos comportamentos em
Programação Neurolinguística (PNL), estão baseadas em ações e procedimentos
formadas por um conjunto de ações e normalmente denominadas por um conjunto de
letras com sonoridade que proporcionem facilidade a compreensão, memorização da
sequencia, e realização das tarefas.
Um novo modelo profissional
vem surgindo, o Coaching, também
importado. Um modelo americano com raízes na Grécia antiga. Um modelo baseado
em PNL conhecimento e informação. É a vênia com o chapéu alheio, mas o mundo tem rumos
ainda não compreendidos, só o tempo dirá, e terá respostas de uma nova
mudança.
A palavra MIRNA tem cinco
letras, tem sonoridade, e a mesma quantidade de dedos que possuímos em uma mão
dando condições e permitindo uma facilidade da contagem dos passos do processo.
Tal como um dia provavelmente alguém ao contar ou vender a sua produção de
milho.
Não tendo acesso ao
conhecimento, desconhecendo o uso dos números por não saber contar, alguém juntou
montes de milho com a quantidade de espigas equivalente aos dedos das mãos, dez.
Pode ter feito um lote sobrepondo espigas com linhas de quatro, de três, de duas
e de uma, em forma de pirâmide. Hoje ainda é comum usar o termo uma mão de
milho que corresponde a cinquenta espigas, ou seja, os cinco dedos de uma mão
que correspondem a cinco lotes de dez, totalizando cinquenta. Mesmo sem
conhecer números ou letras alguém em algum momento utilizou o sistema numérico
com base dez, usado até hoje. O conhecimento parte da prática, enquanto a
academia teoriza com a justificativa do cientificismo.
Uma tarefa ou reunião já
pode começar com um modelo MIRNA: Marcar, Informar, Reunir, Nortear e
Atingir/alcançar. Marcar a data com antecedência; informar a pauta da reunião; reunir
as pessoas certas; nortear o encaminhamento da reunião; atingir ou alcançar os objetivos.
Encaminhado ao Jornal Tribuna do Norte
Natal - Parnamirim/RN ─ 12/07/2013
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Roberto
Cardoso
(Maracajá)
Cientista Social
Jornalista
Científico
Reiki Master &
Karuna Reiki Master
Sócio Efetivo do
IHGRN
(Instituto
Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte)
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No período de
julho/2013 a outubro/2013 estarei concorrendo ao PREMIO DESTAQUES DO MERCADO na categoria Colunista em Informática
da publicação mensal Informática em Revista.
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