sexta-feira, 20 de março de 2015

Agricultura otimizada II.



Agricultura otimizada II.



A FAO (Food and Agriculture Organization), a organização das Nações Unidas para agricultura e alimentação, diz que inúmeras plantas ainda não foram pesquisadas, e que muitas delas ainda poderão ser consideradas como alimento, e podem ter seus valores alimentícios e nutritivos desperdiçados até o momento. Daí entende-se que por falta de tempo e de pesquisa, não comemos e não consumimos algo que deveríamos comer, ou poderíamos consumir, ou simplesmente ingerir. Algo quem sabe talvez, nunca tivéssemos imaginado que seria bom e útil, comer ou consumir. E se alguém come alguns dos alimentos não pesquisados é por pura intuição, ou uma grande imaginação. Ou ainda a prioridade urgente e lastimante da necessidade de alimentação. Um conhecimento por alquimia ou simples empiria, baseada na observação dos pássaros e de outros animais.

Ao longo da criação e da construção da ciência, nos alimentamos daquilo que as pesquisas com seus pesquisadores e seus laboratórios, nos dizem conter e necessário ingerir: alimentos com muitas fibras, muitas vitaminas, muitos sais minerais e muitas proteínas. Alimentos e produtos com inúmeras quantidades e qualidades disto ou daquilo. À medida que a pesquisa evolui um foco é pesquisado e enfatizado como: glicose, frutose ou sacarose; glicídios ou lipídios, e etc. Pesquisas que geram um desfile e um passeio pela tabela periódica que mostra a composição dos alimentos com os seus elementos moleculares e atômicos, com os orgânicos e inorgânicos da química. Com o conhecimento produzido nos basta apenas acatar e ingerir, ou seja, engolir e digerir.

A busca de plantas com sementes mais germinativas e mais produtivas. Os laboratórios com seus laboradores e colaboradores ficaram como entes da dominação e da superioridade sobre a natureza. Não satisfeitos com o que a natureza dispõe e produz, partiram para criar seus próprios alimentos laboratoriais. Com criações e mudanças genéticas criaram-se novas plantas com conteúdos desejáveis, dentre os elementos pesquisados e imagináveis. Atribuiu-se nomes e valores a vitaminas e proteínas, sistematizou-se e tabulou-se um consumo de porções, e uma necessidade diária de calorias. 

Criaram-se sementes com maiores valores nutricionais para uma plantação com maior produção por are e por hectare. Uma relação de economias de espaço, valores e sabores; e principalmente de produção; valores de beneficiamento e de consumo, de vendas e de revendas. Plantas e sementes com valores agregados em seus componentes microscópicos que possam gerar lucros macroscópicos em novas agregações.

O mundo evolui e já não estamos na era ou na idade das bruxas, onde o domínio das ciências e do conhecimento pertencia às mulheres, que com suas misturas em caldeirões sobre o fogo intenso produziam poções e conhecimento. Com a cruz e a espada veio o período de caça ás bruxas e a dominação pelos homens, que também inventaram algumas poções em outros caldeirões. E deram outras utilidades à cruz e à espada.

De alquimistas caçados e procurados, tornaram-se cientistas, respaldados por seus conceitos, provas e demonstrações. A cruz ou a espada, agora como um gráfico foi sua mais importante invenção. Nos quadrantes da cruz seus pontos e cálculos de pesquisas foram marcados. Com uma lança, a espada em punho, fazem suas apresentações e demonstrações, dos pontos marcados sobre a cruz itinerante.

Enquanto os alquimistas chegaram discretos e silenciosos, os cientistas chegaram com marketing e propaganda de seus atos. Com a cruz empunharam suas novas bandeiras. Com a espada apontaram quem entra e quem sai nos novos templos. Criaram templos de informações e conhecimentos universais, local onde lhe deu o nome de universidade, supondo e estimando ter o conhecimento universal. 

Na remota e vaga imaginação a lembrança da mulher, como dona de um conhecimento. Minerva ficou à frente do conhecimento e da universidade, com sua armadura completa. As universidades, uma soma de faculdades de pesquisa e conhecimentos, tal como a das faculdades mentais contidas em nossos cérebros. A soma das faculdades mentais contida em cérebros forma uma universidade com diversidade em cada um. 

Faculdades que agora são pesquisadas por novos e revolucionários cientistas. Novos pontos de vista a partir de uma nova ciência: as neurociências, dominadas e praticadas por neurocientistas, que mesclam várias ciências e tecnologias. A pesquisa do protótipo: do ser meio homem e meio maquina.

RN, 20/03/15


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Agricultura otimizada I.


O coronelismo da ciência.



O coronelismo da ciência.




Um novo coronelismo foi implantado. Saiu da política e ressurge agora pela ciência; e em nome da ciência. O sistema denominado de coronelismo surgiu do enredo político, onde supostos coronéis sem farda e sem divisas sobre os ombros, mas por muitas das vezes portando uma arma. Eles definiam os votos antes das eleições, e quem deveria ganhar as referidas eleições. Para então controlar e administrar com ares de militares, um determinado lugar. Em um tempo de governo militar, os ex-militares ou não militares se apossavam de títulos e patentes da caserna para governar e dominar, um espaço geográfico longe das capitais estaduais. Políticos do interior se investiam de patentes oriundas das academias militares, e tomavam o poder diante um grupo de interioranos, que não tinham o acesso ao conhecimento e a informação. Pessoas humildes que acatavam as posições e as decisões dos coronéis.

Agora os denominados pesquisadores, mestres e doutores, em nome da academia da ciência e do conhecimento, tentam ganhar um controle de atividades relacionadas às suas renomadas ciências por eles definidas e estudadas. Atividades de cunho científicos realizadas no campo, nas regiões interioranas e rurais. Levam seus conhecimentos ao interior buscando beneficiar a cidade, onde funcionam suas sedes e seus quartéis. Aumentam produções e plantações, criam critérios de qualidade, administração e contabilidade. Alegando e prometendo prosperidade. Avaliam pelo lado da produtividade e defendem suas ideias, por definirem critérios de analise, controle e nutrição, sobre um povo carente, de recursos e conhecimento, em processo de desnutrição e desidratação. 

Agora a ciência baseada em cálculos e tabelas com informações do passado, tenta adivinhar e prever um futuro climático e meteorológico, baseando-se em dados pluviométricos, por longos tempos anotados. Uma nova sociedade de coronéis saindo em campo para coletar dados e informações, com seus soldados de sentinela em barragens e plantações. E com dados coletados lançados em computadores, tentam prever secas e inundações, chuvas e estiagens; veranicos em microclimas. Com modelos matemáticos tentam controlar o consumo e o uso das reservas retidas de água, sobre o solo e no subsolo. E paralelamente vão construindo modelos e convencimentos de uso e reuso das águas e das plantações. 

Outros renomados pesquisadores da gastronomia com referenciais de gourmetização e nutrição, criam receitas na cidade. Ao longo de uma história já criaram receitas com aproveitamento de folhas e cascas. Agora criam usos e reusos de águas de cozimentos, criando novas receitas e novos modelos de alimentações.

Em nome da ciência os pesquisadores renomados e respaldados, por instituições de fomento e pesquisa. Intitulados, de mestres e doutores coletam uma quantidades de dados e informações históricas. E dizem aos quatro ventos, ter um determinado conhecimento. A velha regra do ditado corolário de quem tem uma informação detém um poder.

Com seus dados encapsulados fazem cálculos, projetam em gráficos cartesianos curvas e retas, calculando desvios padrões e aproximações. Estatísticas e repetições. Baseados em seus cálculos e seus gráficos, produzem tabelas e projeções. Com dados do passado estimam um futuro. Não avaliam nem estimam a trajetória da Terra no espaço. Não avaliam a Terra como uma astronave errante dependente do Sol. A Terra segue pelo espaço infinito por caminhos em que o Sol com seus planetas seguindo suas órbitas, vão juntos passar. 

Enquanto a terra gira no espaço criando dias e noites, diferentes uns dos outros, as tabelas e cálculos baseados em um passado de dados coletados, tentam adivinhar um futuro dominado pelas leis e critérios da natureza.

Com os dados coletados no passado, não calculam ou computam tudo que o homem modificou na natureza, comprometendo os futuros dados analisados que não param de ser coletados. Não estão incluídos em seus dados os efeitos colaterais das urbanizações e suas influencias na atmosfera e na hidrosfera. Como também não estão incluídos os desmatamentos, emissão de gases poluentes, e outros temas mais diversos, ou seja, outras modificações: demográficas, geográficas, geológicas, climáticas, meteorológicas; sociais e antropológicas. E tantas outras ciências e estudos que possam ser enumerados.

RN, 20/03/15
Roberto Cardoso
Técnico em Meteorologia / Desenvolvedor de Komunicologia

Texto disponível em:

terça-feira, 17 de março de 2015

Casa de ferreiro, espeto de pau



Casa de ferreiro, espeto de pau



E as batalhas continuam na tal avenida, uma avenida localizada na tal cidade. A principal avenida da cidade com fluxo turístico e balneário em Natal/RN. A avenida que um dia ligou a cidade à uma praia distante. A cidade cresceu e chegou junto à praia, tornou-se uma praia urbana. E a avenida recebeu o nome de um engenheiro que muito trabalhou em prol de sua melhora e criação, a antiga estrada de Ponta Negra. A avenida que dá acesso à principal praia urbana da cidade. A avenida onde ocorrem batalhas de cunho educacional. Onde ocorre uma Batalha na Avenida Roberto Freire (*) ─ Texto publicado no Jornal de Hoje na data de 30/07/12 em Natal/RN.

Estamos no ano de 2015 e a batalha continua. Estratégias são tentadas e testadas a todo custo para vencer uma batalha acadêmica. Todos os trunfos e cartuchos são lançados e laçados na avenida. Tentativas de apoio e persuasão da sociedade, com distribuição de brindes e etc. Sistemas simples de anamnese em enfermagem para uma população carente de recursos e conhecimentos. Consultas em enfermagem que não resolvem problemas e patologias, apenas encaminham a um médico. A validade de uma ação social como atividade acadêmica, contra a invalidade de uma real ajuda a uma população, sem remédios e sem prescrição. 


E a estratégia maior segue na área das leis e das normas, a área jurídica. Atividades na área do direito, com juntas de conciliações. Recursos e sistemas de acordos e negociações entre as partes, na área das causas e do direito, para evitar prolongados julgamentos. E tantas outras tentativas, seguem naquela avenida. E Nassau parece continuar a manter-se exilado em seu castelo (**).

Em tempos de alta gastronomia e gourmetização, associadas com food truck, alunos convivem com espetinhos assados em churrasqueiras alternativas á beira da estrada, onde: “comeu morreu”; “comendo, bebendo, e morrendo em pé”; “creme de galinha da tia”; e “churrasquinho de gato”, podem ser algumas opções degustativas proibitivas. 

Entre comprimentos e cumprimentos um caos na avenida. E agora diante e mediante, uma prova da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), a ordem urbana é identificada por não estar sendo facilitada e cumprida, na porta de um dos participantes da batalha. Um exame da Ordem provocando falhas na ordem urbana. Calçadas ocupadas por mesas, toldos e cadeiras, com a estratégia de distribuir água e confeitos em sacolinhas de marketing e merchandising. A calçada não urbanizada, agora ocupada, impedindo a passagem de pedestres foi identificada e observada, antes da prova começar (15/03/15). Um desrespeito ao pedestre que por ali desejasse passar. Inúmeros carros tentavam em vão estacionar, atrapalhando um transito em dia de sol, quando muitos querem chegar à praia. E outros inúmeros carros espalhados pelas calçadas novamente incomodando o transitar do pedestre, impedido do direito de andar pela calçada. E assim tendo que ziquezaguear entre os carros mal estacionados, ou mal intencionados quando na calçada ocupar. Um local onde cidadãos vão (foram) prestar um exame para obter um certificado e uma carteira, que os habilitarão a exercer uma profissão, de cunho jurídico. Antes da prova o descaso da acessibilidade implantado, o desrespeito da ordem publica, impedindo acessos e o direito de ir e vir ao caminhar. 

No local onde é lembrada pelo nome, uma nobre figura holandesa dos idos tempos do Brasil recém-descoberto, quando mercadorias minerais e vegetais daqui eram cobiçadas. Um local agora gerenciado por homem de figura logística e paisagística, referido como portador de títulos acadêmicos. Tal como os holandeses, tal como gostavam de se destacar. Portador de títulos de mestre e de doutor na área do direito, acrescentado de uma função e autoridade, de ex-juiz. Não se sabe até aqui se ocupou a função como juiz togado ou um juiz arbitral.

(*) A Batalha-na-Avenida-Roberto-Freire - Jornal de Hoje em 30/07/12 – Natal/RN

Natal/RN - 17/03/15

Roberto Cardoso
Desenvolvedor de Komunikologia
Kommunikologie


Texto complementares:
http: Dicotomia-Natalense.html - Novo Jornal em 12/05/12 – Natal/RN
http: Brrasileiros-endividados - Jornal de Hoje em 06/08/12 – Natal/RN
http: Mestre-doutor-e-acionista.html - Jornal de Hoje em 18/10/12 – Natal/RN
Jota’s Club - O Mossoroense em 04/12/12 – Mossoró/RN
http: A tal-cidade - Jornal de Hoje em 07/04/14 – Natal/RN
http: Natal cidade  - Jornal de Hoje em 14/04/14– Natal/RN
http: Bondes na-tal-cidade - Jornal de Hoje em 28/04/14 – Natal/RN

Texto publicado em:




sábado, 14 de março de 2015

Agricultura otimizada I





Agricultura otimizada I





Enquanto índios, os habitantes da Terra Brasilis, dançavam e cantavam. Catavam, pescavam e colhiam somente o que precisavam. Tudo era farto para o número de habitantes. Viviam e interagiam com a natureza, como seres pertencentes à natureza. Não havia necessidade de provisões para uma caminhada ou uma incursão maior, mais longa e mais demorada. Todo tipo de alimento podia ser encontrado pelo caminho. Não havia necessidade de estocar. Adaptavam-se as safras e as ofertas das matas. 

Com aprendizado e observação aprenderam a plantar. E plantavam pequenas roças de subsistência. Até que chegaram os europeus para transformar produtos vegetais e minerais em mercadorias, que poderiam ser comercializadas, onde havia moeda disponível e sistema monetário implantado. Começa a necessidade de uma produção de excedentes. A produção para um mercado externo, atendendo as necessidades externas.

Durante muito tempo foi assim, e tentamos ser assim. Sempre plantamos e criamos variedades, qualidades e quantidades, para uma sobrevivência: simples, regrada e controlada. Uma produção de acordo com a demanda. A regra era: plantamos o que comemos e comemos o que plantamos. Aprendemos a respeitar e reconhecer o clima e os ambientes, de acordo com a seca e o inverno, o verão e as cheias.  Os hábitos dos indígenas passaram para o sertanejo, por cultura, comportamento e história. Viver fora das matas, para viver nas caatingas e nos sertões distantes, serrados e lugares mais distanciados, outro comportamento foi necessário. Criando uma nova cultura, miscigenada com a cultura europeia. A cultura de explorador que vai a locais distantes sem saber o que procurar e o que encontrar. Desejando encontrar coisas preciosas e valiosas. Com a necessidade de provisões e mantimentos carregar. A influência da inclusão da moeda e do sal. 

Aprendemos a olhar para o céu e descobrir os sinais para preparar e usar a terra: arar e semear, plantar e colher. Por muitas das vezes observamos os animais, seus comportamentos e suas necessidades, suas frutas e seus frutos escolhidos e preferidos. E depois da colheita, se sobrar algo talvez armazenar. Uma sobra para o período da entressafra. Convivemos e aprendemos a viver durante anos e anos, com a inundação e a falta d’água. E vieram para nos dizer que não sabíamos arar, plantar ou semear; ou que não sabíamos comer por não saber escolher e preparar; e até que dizer que não sabíamos guardar ou armazenar. Necessidades típicas e criadas de invernos rigorosos, com nevascas, congelamentos de lagos e de rios por baixas temperaturas.

Chegaram com um conhecimento respaldado por uma ciência. Uma ciência produzida por simples e pura observação. Observaram nossos comportamentos para afirmar que estávamos errados. Para dizer que não estava bem feito, e devia ser feito assim ou assado. O importante era produzir para sobrar e exportar.

E veio a ciência como uma religião. Fez da cruz suas réguas, seus esquadros e seus compassos. Com a cruz fizeram gráficos para analisar o tempo e o espaço. Com a cruz fizeram estacas e apoios para alguns tipos de cultivo. Fizeram espaçamentos para os plantios: definindo profundidades das covas, semeadura e replantio. Da cruz fizeram suas armas, apoios e ferramentas.

Colheram e plantaram informações em seus gráficos. Observaram os períodos de secas e as plantações, as safras e as inundações. Analisaram tudo em laboratórios e escritórios. Fizeram cálculos e anotações. Criaram tabelas e formulas com conceitos matemáticos, baseados em um histórico de observações e anotações. Tabularam e analisaram o passado admitindo prever um resultado no futuro. Não simularam e não incluíram em seus cálculos, que o mundo, com suas cidades e no campo, seus climas haviam mudado. Estão sempre mudando, inclusive pela permanência e influencia do homem. O homem constrói, mas também destrói. Não souberam dimensionar e calcular a destruição causada pelo homem, para incluir em seus cálculos e seus gráficos. 

Estabeleceram conceitos de um mundo encapsulado e hermeticamente fechado. Tudo é analisado dentro de um laboratório ou escritório, produzindo ideias contraditórias. Ideias que funcionam como propaganda de sabão em pó, fazendo mais espuma e cada vez lavando mais branco.

Ao longo de anos o homem lançou foguetes para o espaço e deixou lixo espacial pelo caminho. O planeta recebeu visitas de cometas e quedas de asteroides. Sofre mudanças climáticas por explosões e radiações acontecidas e provindas do Sol. Fica claro que há uma interação com o universo. A terra solta no espaço vai mudando seu giro. Tal como a bola de futebol muda sua trajetória a caminho do gol.

Saímos de um fogão à lenha para um forno de micro-ondas, saímos de um pensamento rural observador para um pensamento urbano, critico e pragmático. Saímos da zona rural para a zona urbana. Entramos em uma zona de conforto. E analisamos o mundo como uma panela de pressão, sem observar a ebulição e a modificação, que acontece lá dentro. Só avaliamos o que acontece por fora. Na hora estipulada e determinada, o que esta na panela fica pronto. E apenas observamos pelo lado de fora. Enquanto uns participam de uma ebulição e transformação, outros controlam o tempo pelo lado de fora.

Enquanto cozinhávamos em panelas de barro sobre um fogo de lenha, íamos acompanhado o preparo. Adicionando lenha ou reduzindo o fogo, aumentando ou diminuindo a água, acrescentando os ingredientes, em um passo a passo. Mexendo e remexendo a cada etapa. Incorporando ideias e ingredientes, da mistura heterogênea a mistura homogênea. 

E agora com as ultimas inovações tecnológicas das cozinhas, só controlamos o tempo e não observamos o preparo e os pontos de cozimento, durante a mistura dos ingredientes, a confecção e o processo de aquecimento. Não avaliamos e não observamos o passo a passo. Cada ponto de um processo antes de uma nova etapa. Não acompanhamos as transformações. Comemos quando um apito diz que o alimento está pronto, bastando apenas degustar, independente da cultura e do clima. Aceitamos e acatamos ideias e inovações que já chegam prontas, bastando apenas aplicar, independente da cultura e do clima. Atribuem seus comportamentos como gerenciamento e gestão, o pensamento top da ciência e do conhecimento.

RN. 14/03/15