segunda-feira, 13 de maio de 2013

Portais e paradigmas (1)


Portais e paradigmas da educação e da informação

1ª Parte

 




A cidade de Natal/RN sediou um simpósio internacional sobre educação (24 a 26 de abril de 2013), tendo como tema os estudos e conceitos de Pierre Bourdieu, sociólogo frances (1930 - 2002). Um dos mais renomados e respeitados sociólogos dos últimos tempos.

O evento internacional aconteceu na Universidade Federal ─ UFRN, no auditório da Reitoria e contou com a presença de palestrantes, organizadores e ouvintes brasileiros, avec de France e de La Argentina, promovendo um encontro com uma diversidade de povos e com uma universalidade dos conhecimentos. Cada palestrante explanou resultados e observações a partir de uso das teorias e dos conhecimentos bourdiesianos. Em uma situação específica de um projeto de pesquisa particular, em um espaço geográfico delimitado e em um tempo determinado, as condições entendidas como científicas para realização de estudos e pesquisas.

É fato que a internet socializa o conhecimento. Mas as instituições públicas e privadas também tem esta responsabilidade, é a nova ordem social difundida e defendida pelas sociedades científicas e instituições de fomento á pesquisa. A popularização do conhecimento e informação que deixam de circular apenas em círculos e periódicos científicos, para circular também em veículos de mídias de maior alcance popular.

Faculdades, universidades e centros educacionais são estruturas estruturadas e estruturantes que colaboram não somente com a formação de alunos, mas também levando o conhecimento e ações ás comunidades próximas realisando atividades de extensão universitária. Não só a montanha vai a Maomé como Maomé vai à montanha também.

No ano de 2013 também já ficou o marco da comemoração do acontecimento pedagógico e educacional em Angicos/RN, a experiência de implantação do Método Paulo Freire. Quando foram alfabetizados em 45 dias, 300 trabalhadores com seu método, em quarenta horas de aula.  Freire, um defensor de uma educação crítica, respeitando a cultura, a história e a sociedade do educando, com uma postura vigilante evitando praticas de discriminatórias e bullying.  Bourdieu entende que o aluno entra no processo escolar com um conhecimento anteriormente adquirido, um capital intelectual adquirido por vivencias e convivências.

Já no ano de 2012, também a UFRN, discutiu a acessibilidade em um congresso estadual e uma jornada interna. A acessibilidade de alunos na universidade para não só aos portadores de dificuldades de locomoção, mas também com dificuldades de inserção intelectual e conhecimento (Trilogias da Gestão da Qualidade, JH em 24/09/12).

Depois de tantas ações educacionais de inclusão e exclusão, o RN disputa os últimos lugares entre os estados brasileiros em taxa de alfabetização. Os melhores índices, menores taxas de analfabetos, estão em Natal e Parnamirim (Tribuna do Norte, maio/2013).

Natal/RN vem vivenciando um boom no mercado imobiliário e no mercado educacional, mas vem passando dificuldades, nas acessibilidades, no transito e no mercado da educação, com concorrências mercadológicas, desesperos e atropelos no transito e nas faculdades.
Qualidade no atendimento e responsabilidade civil

Outros eventos de cunho pedagógico e educacional traçando e desenvolvendo métodos, técnicas e estratégias estão por vir. O IFRN – Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do RN vai sediar alguns (mai/jun 2013).

 
Paulo Freire e Pierre Bourdieu são apenas dois paradigmas a serem estudados e respeitados. Neste momento de início de século surgiram e surgem novas perspectivas de informação com a globalização, e o mundo vai aos poucos se tornando um só.

O aluno de hoje está capitalizado de conhecimento e argumento. As tecnologias de informação já estão em suas mãos antes de se inscrever nos vestibulares. E dentro de sala equipado com minicomputadores tem acesso a uma gama enorme de conhecimentos, que o professor precisará saber e reconhecer de antemão se são fontes confiáveis, as pesquisadas na internet, feitas pelo aluno. Caso contrário poderá ficar em má situação diante da turma.

Portais são símbolos e locais de passagem de uma dimensão a outra. De um mundo visível para o invisível, daquilo que enxergamos a outras situações que passamos a enxergar mais. Uma passagem do mundo que vemos e vivemos a um mundo do imaginável que ainda não vivemos nem enxergamos. Uma transposição do profano para o sagrado, do admissível ao inadmissível, do incompreensível ao compreensível. Portais nos levam a outra dimensão, seja uma dimensão desconhecida ou a uma nova dimensão do conhecimento.

O grande desafio lançado aos coordenadores, professores e gestores de todas as áreas de educação é para alcançar o ritmo proporcionado pelas tecnologias da informação colocando o conhecimento e a informação ao mesmo tempo ao alcance dos olhos e das mãos de cada um.

A informação está á disposição de todos. Bastando que se tenha um computador e ponto de acesso à internet. O computador não discrimina quem o use, a internet não impede a entrada, basta saber alguns comandos simples, não importando ser inspetor ou servente, aluno ou atendente, professor ou coordenador. Não importa ser, diretor, mestre, doutor ou acionista majoritário. O conhecimento está ao alcance das mãos e na altura dos olhos.

Durante a época do auge do radio e da TV, quando bastava ligar o aparelho à corrente elétrica, para ouvir ou assistir noticiários e telejornais era comum o uso da gíria que dizia ser necessário “estar ligado”. Na era das antenas parabólicas e transmissões via satélite a gíria passou a ser estar “antenado” com os acontecimentos. Com o computador e internet a gíria evoluiu para estar “conectado”. Agora é necessário estar “linkado”. E ficamos aguardando o próximo momento tecnológico vinculado a uma nova gíria, porque hoje o mundo já está na palma da mão.

Os portais do conhecimento estão abertos, a internet é uma realidade. Mas quem não sabe o que procura, não saberá entender o que encontra.

Blog di Gestão da Qualidade


Parte II

 
Parnamirim/RN -  13/05/2013
 
 
 
Roberto Cardoso
(Maracajá)
 
 
Cientista Social
Jornalista Científico
Técnico em Meteorologia
Reiki Master e Karuna Reiki Master
 
Sócio Efetivo do IHGRN
(Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte)

 

 

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