A
Gestão da Qualidade nas palmas das mãos (parte 2)
O homem desde sempre desejou
poderes e posses, os poderes e desejos fluíam de suas mãos. Em tempos remotos
ao recolher animais soltos no pasto, e contar animais ao final do dia, era
possível fazer tais tarefas de controle em pequenos rebanhos com o uso das mãos
e dedos, com maiores rebanhos a tarefa tornava-se mais complicada. Outros
sistemas e métodos deviam ser utilizados. O sistema pode ter evoluído do uso
das mãos ao uso de pequenas pedras separadas que podiam corresponder ao numero
total de animais ou frutos colhidos e etc. Comparando as quantidades de pedras separadas
aos itens a serem contados ou conferidos, as posses e desejos.
Ainda hoje na região de
Natal/RN, ouvimos clientes e comerciantes em transações comerciais de compra e
venda de produtos agrícolas usarem o termo “uma mão de milho”, número
correspondente a cinquenta espigas. Pessoas que, quer sejam clientes ou
comerciantes, quando questionadas a explicar a razão de tal numero, não fazem a
menor ideia do porque, uma informação que ficou perdida no tempo.
Uma mão de milho: Tomando-se
por base o uso pratico das mãos fica fácil deduzir a razão de “uma mão de milho”
representar a quantidade de cinquenta espigas. Partindo da premissa de que
compradores, ou mesmo participantes de uma agricultura familiar, em uma época
remota, não sabiam como contar, não conheciam e nem não sabiam utilizar os
números, só tinham as mãos para controlar suas colheitas e produções, em suas
vendas e suas compras, suas posses e seus desejos. Então aplicavam o uso das
mãos para uma gestão de quantidade no controle de seus estoques.
Deduzindo: Sendo o milho um
alimento milenar, o possuidor ou comerciante, ou para armazenar ou para negociar
sua produção, primeiro era necessário saber o total de espigas possuídas. Deveria
então montar lotes de dez espigas, cada um, empilhando as espigas em
sequencias, e maneira cômoda, superpostas em quantidades de quatro, três, duas
e uma espiga (4 + 3 + 2 + 1 = 10), totalizando dez. O numero resultante, é a
quantidade correspondente ao total de dedos das mãos. Bastava olhar para as mãos
e olhar para o lote e ver as mesmas quantidades, embora não soubesse contar,
mas sabia quantificar, comparar. Crianças ainda sem contato com a matemática, escolhem
moedas pelas quantidades e não por valores impressos.
Concluindo: Era a única
maneira de fazer uma comparação das quantidades de espigas com algo imutável
que conheciam. As mãos, um instrumento que todos possuíam. Uma estratégia,
oferecida pela natureza e pela anatomia. Ambas as partes de uma negociação
poderiam ter a certeza que não fora lesado em uma contagem ou transação.
Evoluindo e reforçando a
hipótese: Com a mão espalmada, aberta, com os dedos estendidos, o possuidor, ou
o segundo personagem, ou o comprador indicava que desejava ficar com cinco
lotes de dez espigas que correspondem a um total de cinquenta espigas. Uma mão
totaliza cinco lotes de dez espigas cada um, e que corresponde a um total de cinquenta
espigas.
Com a evolução na comodidade
de transporte, até hoje uma saca de milho contém cinquenta espigas, salvo
acordos entre fornecedores, agricultores, clientes e comerciantes.
Curiosamente a maioria de
pencas ou palmas de bananas contidas em um cacho tem doze bananas, uma conta e
separação feita pela própria natureza. Muitos locais, que ainda não utilizam
balanças, comercializam bananas em dúzias.
Com o tempo e a evolução
foram criados cadernos e planilhas, canetas e maquinas de calcular. Com
conceitos simples a gestão da qualidade pode ser efetuada com as mãos sem uso
de maiores tecnologias e neologismos. Bastando para isto partir do numero
cinco, sejam elementos ou passos a serem dados, em um processo. E evolutivamente
usando múltiplos de cinco em analises mais evoluídas e mais complexas.
Com o numero cinco, com cinco
dedos, com cinco passos, cinco etapas podemos criar ferramentas de analise e gestão,
criando modelos interativos para obter resultados.
Entre Natal e Parnamirim/RN ─ 16/11/2013
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Texto disponivel em:
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Escritor
Fundação Cultural Capitania das Artes FUNCARTE Natal/RN. 2013
Jornalista Cientifico
Curso
de Capacitação
FAPERN
Natal/RN,
2012
Membro do do IHGRN
Instituto
Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte
Natal/RN,
2012
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Roberto
Cardoso
(Maracajá)
ESTRATEGISTA
Cientista Social
Jornalista Científico
Reiki Master & Karuna Reiki Master
Colunista em
Informática em Revista
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Indicação
ao PREMIO DESTAQUES DO
MERCADO na categoria Colunista em Informática na publicação Informática
em Revista.
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