sábado, 16 de novembro de 2013

Gestão da Qualidade na palma da mão ( 2)

A Gestão da Qualidade nas palmas das mãos (parte 2)


O homem desde sempre desejou poderes e posses, os poderes e desejos fluíam de suas mãos. Em tempos remotos ao recolher animais soltos no pasto, e contar animais ao final do dia, era possível fazer tais tarefas de controle em pequenos rebanhos com o uso das mãos e dedos, com maiores rebanhos a tarefa tornava-se mais complicada. Outros sistemas e métodos deviam ser utilizados. O sistema pode ter evoluído do uso das mãos ao uso de pequenas pedras separadas que podiam corresponder ao numero total de animais ou frutos colhidos e etc. Comparando as quantidades de pedras separadas aos itens a serem contados ou conferidos, as posses e desejos.
Ainda hoje na região de Natal/RN, ouvimos clientes e comerciantes em transações comerciais de compra e venda de produtos agrícolas usarem o termo “uma mão de milho”, número correspondente a cinquenta espigas. Pessoas que, quer sejam clientes ou comerciantes, quando questionadas a explicar a razão de tal numero, não fazem a menor ideia do porque, uma informação que ficou perdida no tempo.
Uma mão de milho: Tomando-se por base o uso pratico das mãos fica fácil deduzir a razão de “uma mão de milho” representar a quantidade de cinquenta espigas. Partindo da premissa de que compradores, ou mesmo participantes de uma agricultura familiar, em uma época remota, não sabiam como contar, não conheciam e nem não sabiam utilizar os números, só tinham as mãos para controlar suas colheitas e produções, em suas vendas e suas compras, suas posses e seus desejos. Então aplicavam o uso das mãos para uma gestão de quantidade no controle de seus estoques.
Deduzindo: Sendo o milho um alimento milenar, o possuidor ou comerciante, ou para armazenar ou para negociar sua produção, primeiro era necessário saber o total de espigas possuídas. Deveria então montar lotes de dez espigas, cada um, empilhando as espigas em sequencias, e maneira cômoda, superpostas em quantidades de quatro, três, duas e uma espiga (4 + 3 + 2 + 1 = 10), totalizando dez. O numero resultante, é a quantidade correspondente ao total de dedos das mãos. Bastava olhar para as mãos e olhar para o lote e ver as mesmas quantidades, embora não soubesse contar, mas sabia quantificar, comparar. Crianças ainda sem contato com a matemática, escolhem moedas pelas quantidades e não por valores impressos.
Concluindo: Era a única maneira de fazer uma comparação das quantidades de espigas com algo imutável que conheciam. As mãos, um instrumento que todos possuíam. Uma estratégia, oferecida pela natureza e pela anatomia. Ambas as partes de uma negociação poderiam ter a certeza que não fora lesado em uma contagem ou transação.
Evoluindo e reforçando a hipótese: Com a mão espalmada, aberta, com os dedos estendidos, o possuidor, ou o segundo personagem, ou o comprador indicava que desejava ficar com cinco lotes de dez espigas que correspondem a um total de cinquenta espigas. Uma mão totaliza cinco lotes de dez espigas cada um, e que corresponde a um total de cinquenta espigas.
Com a evolução na comodidade de transporte, até hoje uma saca de milho contém cinquenta espigas, salvo acordos entre fornecedores, agricultores, clientes e comerciantes.
Curiosamente a maioria de pencas ou palmas de bananas contidas em um cacho tem doze bananas, uma conta e separação feita pela própria natureza. Muitos locais, que ainda não utilizam balanças, comercializam bananas em dúzias.
Com o tempo e a evolução foram criados cadernos e planilhas, canetas e maquinas de calcular. Com conceitos simples a gestão da qualidade pode ser efetuada com as mãos sem uso de maiores tecnologias e neologismos. Bastando para isto partir do numero cinco, sejam elementos ou passos a serem dados, em um processo. E evolutivamente usando múltiplos de cinco em analises mais evoluídas e mais complexas.
Com o numero cinco, com cinco dedos, com cinco passos, cinco etapas podemos criar ferramentas de analise e gestão, criando modelos interativos para obter resultados.


Entre Natal e Parnamirim/RN ─  16/11/2013
Texto disponivel em:


Escritor
Fundação Cultural Capitania das Artes
FUNCARTE
Natal/RN. 2013

Jornalista Cientifico
Curso de Capacitação
FAPERN
Natal/RN, 2012

Membro do do IHGRN
Instituto Histórico e Geográfico do Rio Grande do Norte
Natal/RN, 2012
Roberto Cardoso
(Maracajá)

ESTRATEGISTA


Cientista Social
Jornalista Científico
Reiki Master & Karuna Reiki Master

Colunista em Informática em Revista




Indicação  ao PREMIO DESTAQUES DO MERCADO na categoria Colunista em Informática na publicação Informática em Revista.



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