Agricultura
otimizada II.
A FAO (Food and Agriculture
Organization), a organização das Nações Unidas para agricultura e alimentação,
diz que inúmeras plantas ainda não foram pesquisadas, e que muitas delas ainda
poderão ser consideradas como alimento, e podem ter seus valores alimentícios e
nutritivos desperdiçados até o momento. Daí entende-se que por falta de tempo e
de pesquisa, não comemos e não consumimos algo que deveríamos comer, ou poderíamos
consumir, ou simplesmente ingerir. Algo quem sabe talvez, nunca tivéssemos
imaginado que seria bom e útil, comer ou consumir. E se alguém come alguns dos
alimentos não pesquisados é por pura intuição, ou uma grande imaginação. Ou ainda
a prioridade urgente e lastimante da necessidade de alimentação. Um
conhecimento por alquimia ou simples empiria, baseada na observação dos
pássaros e de outros animais.
Ao longo da criação e da
construção da ciência, nos alimentamos daquilo que as pesquisas com seus
pesquisadores e seus laboratórios, nos dizem conter e necessário ingerir: alimentos
com muitas fibras, muitas vitaminas, muitos sais minerais e muitas proteínas. Alimentos
e produtos com inúmeras quantidades e qualidades disto ou daquilo. À medida que
a pesquisa evolui um foco é pesquisado e enfatizado como: glicose, frutose ou
sacarose; glicídios ou lipídios, e etc. Pesquisas que geram um desfile e um
passeio pela tabela periódica que mostra a composição dos alimentos com os seus
elementos moleculares e atômicos, com os orgânicos e inorgânicos da química.
Com o conhecimento produzido nos basta apenas acatar e ingerir, ou seja,
engolir e digerir.
A busca de plantas com
sementes mais germinativas e mais produtivas. Os laboratórios com seus
laboradores e colaboradores ficaram como entes da dominação e da superioridade
sobre a natureza. Não satisfeitos com o que a natureza dispõe e produz, partiram
para criar seus próprios alimentos laboratoriais. Com criações e mudanças
genéticas criaram-se novas plantas com conteúdos desejáveis, dentre os elementos
pesquisados e imagináveis. Atribuiu-se nomes e valores a vitaminas e proteínas,
sistematizou-se e tabulou-se um consumo de porções, e uma necessidade diária de
calorias.
Criaram-se sementes com
maiores valores nutricionais para uma plantação com maior produção por are e por
hectare. Uma relação de economias de espaço, valores e sabores; e principalmente
de produção; valores de beneficiamento e de consumo, de vendas e de revendas.
Plantas e sementes com valores agregados em seus componentes microscópicos que
possam gerar lucros macroscópicos em novas agregações.
O mundo evolui e já não
estamos na era ou na idade das bruxas, onde o domínio das ciências e do
conhecimento pertencia às mulheres, que com suas misturas em caldeirões sobre o
fogo intenso produziam poções e conhecimento. Com a cruz e a espada veio o
período de caça ás bruxas e a dominação pelos homens, que também inventaram
algumas poções em outros caldeirões. E deram outras utilidades à cruz e à
espada.
De alquimistas caçados e
procurados, tornaram-se cientistas, respaldados por seus conceitos, provas e
demonstrações. A cruz ou a espada, agora como um gráfico foi sua mais
importante invenção. Nos quadrantes da cruz seus pontos e cálculos de pesquisas
foram marcados. Com uma lança, a espada em punho, fazem suas apresentações e
demonstrações, dos pontos marcados sobre a cruz itinerante.
Enquanto os alquimistas
chegaram discretos e silenciosos, os cientistas chegaram com marketing e
propaganda de seus atos. Com a cruz empunharam suas novas bandeiras. Com a
espada apontaram quem entra e quem sai nos novos templos. Criaram templos de
informações e conhecimentos universais, local onde lhe deu o nome de
universidade, supondo e estimando ter o conhecimento universal.
Na remota e vaga imaginação
a lembrança da mulher, como dona de um conhecimento. Minerva ficou à frente do
conhecimento e da universidade, com sua armadura completa. As universidades, uma
soma de faculdades de pesquisa e conhecimentos, tal como a das faculdades
mentais contidas em nossos cérebros. A soma das faculdades mentais contida em
cérebros forma uma universidade com diversidade em cada um.
Faculdades que agora são pesquisadas
por novos e revolucionários cientistas. Novos pontos de vista a partir de uma
nova ciência: as neurociências, dominadas e praticadas por neurocientistas, que
mesclam várias ciências e tecnologias. A pesquisa do protótipo: do ser meio
homem e meio maquina.
RN,
20/03/15
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